Dayana Melo
Mar/2011
O funcionário público Policarpo Quaresma, mas conhecido como major Quaresma,
trabalhava na biblioteca “Arsenal de Guerra” onde exercia a função de
subsecretário. Sem muitos amigos, vivia isolado com sua irmã Dona Adelaide,
mantendo os mesmos hábitos há trinta anos. Policarpo era antes de tudo patriota,
amava o Brasil acima de si próprio.
Buscando saídas políticas, econômicas e culturais para o Brasil, Policarpo
passava grande parte de seu tempo enfiado nos livros, e por isso era criticado
por parte da visinhança.
Esse
patriotismo levou a valorizar e querer tocar um
instrumento que na época era malvisto pela sociedade, o violão. Ele considerava
o violão um representante do espírito popular do país. Quem
o ensinou a tocar violão foi Ricardo, mas conhecido como Ricardo coração dos
outros.
Em busca de modinhas do folclore brasileiro, para uma das festas do General
Albernaz, ele leu tudo sobre o assunto e descobriu com grande decepção que um
bom número das tradições e canções que tinha no país na época eram de origem
estrangeira. Sem desanimar ele decidiu estudar tradições nacionais, como os
costumes tupi-guarani. Dez dias depois, o compadre Vicente Coleoni e a
afilhada Dona Olga, são recebidos na casa de Policarpo no melhor estilo
Tupinambá, com choros, berros e descabelamentos. Abandonando o violão, o major
aprende a tocar o maracá e a inúbia, instrumentos indígenas tipicamente
nacionais.
O patriota valorizava muito a cultura nacional como a música, a comida, a moda,
a dança e principalmente a língua tupi e propõe
em documento enviado ao Congresso Nacional a oficialização do
tupi-guarani como língua oficial do Brasil.
Por isso, tornou-se objeto de ridicularizarão e ironia no bairro. Outro ofício
em tupi, enviado por Quaresma ao Ministro da guerra por engano, foi
interpretado pelo Ministro como uma atitude maluca e o major Quaresma foi
tirado de suas funções e foi internado como louco em um hospício.
Anos depois quando saiu do hospício, Policarpo Quaresma vendeu sua casa e
comprou por sugestão da afilhada Olga, um sítio, ao qual ele pois o nome de “Sossego”.
Adelaide e o preto Anastácio, mudam-se para o campo junto com Quaresma. Ele passa a apostar
na agricultura como saída para a solução dos problemas brasileiros. Ele comprou vários instrumentos e livros sobre
agricultura e logo ele já sabia manusear instrumentos como a enxada. Ele ficou
orgulhoso da terra brasileira que de tão boa, dispensava adubos.
Mas ao dedicar-se à lavoura descobriu que as dificuldades de produtor rural são
grandes e ruins. Ele foi derrotado por três inimigos terríveis. Primeiro, a
corrupção dos políticos. Como Policarpo não quis compactuar com a fraude da
política local, passou a ser multado injustamente. O segundo, foi a deficiente
estrutura agrária brasileira que lhe impediu de vender uma boa safra e tomou um
grande prejuízo. O terceiro, foi à praga de saúvas, que ferozmente devoravam
sua lavoura e reservas de milho e feijão. Ele desistiu de sua terra. Para ele,
era necessária uma nova administração.
Quaresma incorporou-se voluntariamente às tropas do Marechal Floriano Peixoto
(Revolta da Armada) alistando-se na frente
de combate em defesa do Marechal Floriano, tornou-se comandante de um
destacamento onde estudava artilharia, balística e mecânica.
Durante uma visita de Floriano Peixoto ao quartel, Policarpo ficou sabendo por
Ricardo corações dos outros que, o Floriano Peixoto havia lido seu
"projeto agrícola" para a nação. Floriano simplesmente falou sem
piedade para Quaresma: "Você Quaresma é um visionário".
Após quatro meses de revolta, a Armada ainda resistia bravamente. Diante da
indiferença de Floriano para com seu "projeto", Quaresma pensou se
valia a pena deixar o sossego de casa e se arriscar, ou até morrer nas
trincheiras por esse homem quem nem fazia por merecer. Mas continuou lutando e
acabou sendo ferido em uma batalha. Enquanto isso, sozinha, a irmã Adelaide
pouco podia fazer pelo sítio o “Sossego”, que já demonstrava sinais de completo
abandono. Em uma carta à Dona Adelaide, Policarpo descreveu-lhe as batalhas e
fala de seu ferimento. Contudo, Quaresma com o tempo recuperou-se e continuou o
trabalho de comandante.
Em uma madrugada a “prisão dos marinheiros” é visitada por um emissário do
governo que escolhe doze prisioneiros que são levados pela escolta para
fuzilamento. Policarpo fica sabendo da situação e escreve a Floriano,
reclamando do fuzilamento das pessoas inocentes. Por esse acontecido Quaresma
injustamente acaba sendo preso como “traidor” e conduzido à Ilha das Cobras.
Apesar de tanto empenho e fidelidade, Quaresma é injustamente condenado à
morte. Preocupado com sua situação, seu amigo Ricardo que estava na guerra como
soldado, ficou sabendo do ocorrido e buscou ajuda com amigos do próprio
Quaresma, que nada fizeram, pois tinham medo de perderem seus empregos.
Olga tenta ajudá-lo, mas nada pôde fazer. Assim foi “o triste fim de Policarpo
Quaresma”.
gostei,mas poderia ter mais detalhes.
ResponderExcluirparabéns
ass:ana nascimento
gostei, e consegui responder a prova que foi sobre este livro obg!*--*
ResponderExcluirass:jannyse skatt
vc poderia fazer resumos das obras de asimov!!!
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