Dayana Melo Mar/2011
A exposição da beleza
física na mídia tem levado a criação de conflitos em busca do tão sonhado
“corpo perfeito”, entre mulheres e homens, principalmente os jovens. Em razão
disso, as pessoas acabam perdendo um precioso tempo na vida e ficam totalmente
infelizes.
Por mais que travem
lutas contra a balança, queimando calorias nas academias, deixando pedaços de
gordura nas clínicas de cirurgia plástica, tomando anabolizante ou pondo
próteses de silicone no corpo, continuarão eternamente essa batalha do “corpo
perfeito”.
O corpo perfeito não
existe e nunca irá existir. É algo que as pessoas imaginam e nunca alcançarão.
Por exemplo, quando um homem está “saradão”, uns acham lindo e outros ridículo,
porque cada um tem sua própria opinião e gosto. Ninguém é obrigado a gostar de
algo que não é agradável a seus olhos.
Nossas virtudes e ações
são coisas que se nós devemos impor em nossa vida, e são muito mais importantes
do que um nariz arrebitado ou uma roupa de grife. É preciso lembrar que valemos
muito mais pelas coisas que fazemos, pela nossa ação cidadã, do que pela nossa
aparência, ou pelas grifes que poderíamos possuir e que nos roubam a
personalidade, substituindo-a por uma etiqueta.
Tem um livro de Thommas
Mann em que existe um homem lindo, super em forma, mas muito burro e um outro
homem super inteligente, mas com aquele corpo sem graça e feio. Nesse livro em
um determinado momento há uma tentativa de colocar a cabeça do inteligente no
corpo do bonito e isso de fato acontece, mas o resultado não foi nada
agradável. Com o tempo, o corpo lindo e sarado não se habituou e acabou virando
corpinho feio, gordo e sem graça. E o corpo sem graça vai virando corpão. Ou
seja: toda tentativa de alterar o corpo indica uma desadaptação da pessoa ao
seu corpo e isso existe em todo mundo, mas, claro, em graus diferentes. Submeter
o próprio corpo a extremos evidencia uma grande desigualdade entre a autoimagem
e o corpo que existe de fato.
Na
vida real, corpo perfeito é aquele que tem cabeça, tronco e membros, e que
funciona ao nosso comando. Sendo assim, as pessoas devem se aceitar como elas
são e, com isso, tirar aproveito do que mais as diferencia dos demais,
inventando o seu próprio modelo de beleza e bem-estar.
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