quarta-feira, 13 de abril de 2011

Resenha crítica do filme: " O DIABO VESTE PRADA"



Dayana Melo – Mar/2011

“O Diabo Veste Prada” não é um filme necessariamente para mulheres, nem indicado apenas para o público que entende de moda, e sim um filme que diverte o público em geral. Na minha primeira impressão sobre o filme, achei que fosse mais um “filminho” qualquer, mas o que realmente temos é um filme bem produzido, com ótimas interpretações e textos, com um belíssimo cenário e com um tema muito interessante.
O humor do filme se origina nas crescentes e impossíveis exigências da chefa Miranda, e das tentativas de sua assistente Andréa em satisfazê-las. Apesar da leveza do filme, tem algo de interessante e sério a mostrar, que é a falsidade da personalidade no local de trabalho, e sobre quem as tolera.
Aquelas pessoas ambiciosas, chatas, temperamentais, aborrecidas, arrogantes e exigentes, sempre são postas como indesejadas. Principalmente se uma delas for o seu (sua) chefe (a). Daí para achá-la o próprio diabo que veio a terra para infernizar e dificultar sua vida é um passo. Miranda é a "monstra" no filme. Para aqueles que já trabalharam para um patrão indesejável em todos os sentidos, vão apreciarem esta leve e espirituosa comédia.
A protagonista do filme, Andréa, é uma jornalista recém-formada, que vai para New York atrás de seu sonho de ser jornalista, mas que acaba como assistente da editora da tal revista de moda, já que a lenda é que esse trabalho abre qualquer porta depois. Determinada a vencer, ela agarra a oportunidade com unhas e dentes e só percebe o preço de sua escolha, quando vê seus relacionamentos acabarem.
Como conciliar mundos tão distintos, uma vez que desejar vencer como profissional não é nenhum crime?  O filme não mostra claramente essa resposta, mas depois de visto o filme, não precisa ser nenhum gênio para saber interpretá-la da devida forma.
Miranda é que dá um belo impulso ao filme e para a protagonista Andréa. Desde a sua primeira cena do filme até a última, ela esbanja beleza, charme e ousadia, e o mais importante, muita maldade no ar. Sinceramente, os méritos vão à bela atuação da atriz, que compôs muitíssimo bem o seu papel.
Tanto Miranda quanto Emily (a 1ª assistente) transmitem a Andréa os piores trabalhos, mas evolutivamente a garota vai conquistando a confiança da poderosa editora e ultrapassando o potencial de Emily, mas a jornalista paga um alto preço por sua transformação em um ‘saltinho’, cobrada sem demora por seu namorado e pelos antigos amigos.
A sociedade capitalista, seduz principalmente as mulheres por cauda da grande repercussão da moda no mercado social/industrial. Mas isso de fato não acontecia com Andréa antes de mudar para New York. Para se vencer hoje em dia é preciso pagar um preço caro, e ela pagou.
Então vamos ao que interessa. Miranda a editora chefa da revista de moda Runaway, não é "diabo" como o título do filme rotula. Ela é apenas uma mulher obcecada pelo trabalho, exigente consigo mesmo e com os outros. E faz sua nova assistente Andrea comer o pão que o diabo amassou, para provar o quanto é boa e eficiente.
Esta comédia levanta questões interessantes. Afinal, Miranda é vista como o diabo, porque é mulher. E se fosse um homem, será que suas ações seriam vistas assim? Certamente, não. O machismo sempre perseguirá as mulheres e nesse filme, as duas (Andréa e Miranda) são vitimas dessa sociedade preconceituosa.
O filme é engraçado, ágil, sedutor e se não fosse o moralismo do final, seria um pouco precipitado. Tirando a causa que o filme motiva, ele pode ser considerado sim, um bom programa.
Tenho certeza que você já usou alguma roupa para impressionar alguém (chamar a atenção). Somos carentes sim de atenção. Tenho a impressão que o melhor caminho é aceitação da nossa humanidade e dos nossos semelhantes sob a nossa personalidade. Afinal, é sempre bom lembrar que a "humildade é a verdade".
De fato, a ditadura da moda já está lançada na sociedade atual. Um caso curioso que poço analisar é da recente tragédia no Rj que mobilizou todo o Brasil; em Realengo, o ex. aluno Welington Menezes invadiu sua ex. escola, matando e ferindo por volta de 20 alunos e depois se mata. O alvo dele eram matar meninas. Segundo uma carta deixada, ele conta que gostaria que seus parentes doassem para uma instituição a casa que ele morava; mostra muita compaixão com animais indefesos, desvaloriza os humanos em geral; mostra carinho com os falecidos pais; conta de sua virgindade aos 24 anos; e enfim, mostra ser uma pessoa consciente, religiosa e revoltada. Ele tinha um estilo próprio; com barba grande e roupas simples. Poço afirmar que 99,999... % das pessoas que viram a notícia se revoltaram contra o assassino, algumas até choraram e se perguntaram o porquê dessa banalidade cruel. Eu penso que ele foi mais uma vítima da sociedade capitalista. Segundo alguns indícios, por sua amarga aparência, na infância ele sofreu na escola o bule e o desprezo até então das mulheres. Agora, eu pergunto para refletir; e se não houvesse esse preconceito contra ele por parte de todos; será que ele seria revoltado a ponto de fazer tamanha crueldade? E se na escola tivessem cortado o mal pela raiz, mesmo tendo transtornos psicóticos, será que chegaria até esse ponto? Provavelmente não. As pessoas tendem a rejeitar tudo o que é diferente e que não se encaixa em seus padrões de vida. Quem opta por ter seu próprio estilo, independente do que dita a moda ou os padrões sociais, tem que aprender a lidar com isso e digo mais, Welington não soube lidar com isso, e pode ser sim uma resposta que todos querem saber. Em nenhum momento eu estou tentando justificar o ocorrido, e sim tentando entender o que de fato ocorreu.

Tudo que é diferente gera transtorno na sociedade. Tudo o que é considerado anormal pelo padrão de sociedade gera um preconceito. Não se deixem iludir pela ditadura da moda imposta pela mídia e sejam muito felizes com seu próprio estilo.

sábado, 2 de abril de 2011

Resumo do livro " Vencer ou Vencer"

Dayana Melo – Mar/2011

                Mas conhecido como Lucinha, Lúcia era uma garota de 18 anos, que morava em Laranjeiras, interior de SP. O grande sonho de Lucinha era ser uma grande jogadora de vôlei, pois ela era uma boa atacante, e queria jogar no Unidos, o time que ela sempre amou. O grande ídolo da garota era Ana Lígia, uma famosa levantadora no vôlei que já atuou no Unidos.
               Em um jornal local, Lucinha viu em um anuncio que o Unidos iria fazer uma seleção de garotas para o time juvenil. Ela nem pensou duas vazes, e já estava decidida a ir, mais tinha só um problema, como o pai dela deixaria.
               Depois de uma grande conversa com sua mãe, Dona Clementina, Lucinha estava confiante, pois sua mãe a ajudaria a convencer o pai dela, Sr. Otalício. Com muito esforço, Dona Clementina convence Sr. Otalício a deixar a filha ir para a capital tentar uma vaga no time juvenil do Unidos. Lucinha ficaria lá no máximo dois dias e tinha que seguir as recomendações da mãe, segundo o pai.
               No caminho para São Paulo ela passou por uma série de dificuldades, pois foi roubada e ficou praticamente sem nada.
               Depois de muita correria para ir para a sede do Unidos para fazer o teste, Lucinha acaba chegando muito atrasada. Ela teve uma grande conversa com o professor Dedê e o diretor de Departamento de voleibol, Estanislau, e eles acabaram a deixando mostrar tudo o que sabia em 15 minutos. Lucinha era realmente uma excelente jogadora e os professores acabaram a selecionando para o time juvenil do Unidos. Lucinha ganharia um grande salário, moradia junto com Silvia (a levantadora do time juvenil) e comida grátis na sede do clube.
               E no meio dessa confusão, ela conhece Fábio, um rapaz de 21 anos que fazia parte do time de basquete do Unidos. Ambos se apaixonam e começaram a namorar.
               O torneio brasileiro juvenil e profissional de vôlei começava em março, e o time principal do Unidos ia participar com novos reforços como Ana Lígia (levantadora) e Maria Esmeralda (atacante), as principais jogadoras do time. O campeão dos últimos tempos era o time Quente-e-Bom, o principal rival do Unidos.
               Lucinha cada vez mais se destacou nos treinos e acabou sendo selecionado, dela, pois ia treinar no time que amava, com o melhor técnico de todos os tempos e também treinaria com Ana Lígia seu ídolo. 
              Lucinha e seu namorado Fabio passaram por dificuldades, mais acabou que, Fabio ganhou juntamente com a equipe do Unidos de basquete o campeonato brasileiro. Fábio estava muito apaixonado por Lucinha e a pede em casamento.
             No torneio brasileiro profissional de vôlei, o Unidos conseguiu chegar a final e ia disputar com o time Quente-e-bom, seu rival. Lucinha ate ali, não tinha entrado em quadra nenhuma vez e estava confiante que ia ficar vendo de camarote no banco de reservas a vitória suada do Unidos.
              O jogo estava disputado, o time do Unidos ganhou o 1° set por 16 a 14, com destaque da bela distribuição de bolas da levantadora Ana Lígia.
              No 2° set, o Quente-e-bom ganhou por 15 a 8 com uma bela reação de suas principais jogadoras, Zizi Mãos de Ouro e Renata Explosão.
              No 3° set o Unidos ganhou por 15 a 3, com o destaque espetacular de Maria Esmeralda.
             Já no 4° set quando o Unidos estava com a vitória já quase ganha com o placar de 12 a 5, e o pior acontece, Maria Esmeralda destronca o ombro e Ana Lígia torce o pé. Rapidamente o técnico Dedê chama Lucinha para substituir Maria Esmeralda e também chama sua companheira de quarto, Silvia para substitui Ana Lígia. O time do Unidos teve uma enorme caída de rendimento e acabou perdendo o set de virada impressionante do Quente-e-bom por 16 a 14.

               No tie-break (5° set), a torcida do Unidos estava sem esperança, pois tinham perdido suas principais jogadoras e tinham levado uma grande virada no set anterior. Lucinha e Silvia estavam nervosas até então, quando o técnico Dedê desesperado fala para as meninas: “Vamos dar tudo agora! Vamos ganhar este jogo na raça! Pela Ana Lígia e pela Maria Esmeralda! Agora é VENCER OU VENCER!” exclamava Dedê, com muita esperança no seu time. As garotas acabaram surpreendendo nesse set e jogaram feito experientes, ajudando o time do Unidos ser campeão, ganhando o set por 15 a 13 pontos . Fábio comemorando com a garota, pede ela em casamento, e Lucinha abre um belo sorriso no rosto para ele. Os pais de Lucinha e o professor José Florêncio (foi professor de e. física Lúcia) fizeram uma surpresa para ela e apareceram lá de surpresa. Lucinha não aguentou tanta emoção e desmaiou, mais antes disso ela escuta alguém lhe desejar boa sorte no campeonato brasileiro juvenil de vôlei.

Resumo do livro " Triste Fim de Policarpo Quaresma"


Dayana Melo Mar/2011

            O funcionário público Policarpo Quaresma, mas conhecido como major Quaresma, trabalhava na biblioteca “Arsenal de Guerra” onde exercia a função de subsecretário. Sem muitos amigos, vivia isolado com sua irmã Dona Adelaide, mantendo os mesmos hábitos há trinta anos. Policarpo era antes de tudo patriota, amava o Brasil acima de si próprio.
          Buscando saídas políticas, econômicas e culturais para o Brasil, Policarpo passava grande parte de seu tempo enfiado nos livros, e por isso era criticado por parte da visinhança.
          Esse patriotismo levou a valorizar e querer tocar um instrumento que na época era malvisto pela sociedade, o violão. Ele considerava o violão um representante do espírito popular do país. Quem o ensinou a tocar violão foi Ricardo, mas conhecido como Ricardo coração dos outros.
          Em busca de modinhas do folclore brasileiro, para uma das festas do General Albernaz, ele leu tudo sobre o assunto e descobriu com grande decepção que um bom número das tradições e canções que tinha no país na época eram de origem estrangeira. Sem desanimar ele decidiu estudar tradições nacionais, como os costumes tupi-guarani. Dez dias depois, o compadre Vicente Coleoni e a afilhada Dona Olga, são recebidos na casa de Policarpo no melhor estilo Tupinambá, com choros, berros e descabelamentos. Abandonando o violão, o major aprende a tocar o maracá e a inúbia, instrumentos indígenas tipicamente nacionais.
          O patriota valorizava muito a cultura nacional como a música, a comida, a moda, a dança e principalmente a língua tupi e propõe em documento enviado ao Congresso Nacional a oficialização do tupi-guarani como língua oficial do Brasil. Por isso, tornou-se objeto de ridicularizarão e ironia no bairro. Outro ofício em tupi, enviado por Quaresma ao Ministro da guerra por engano, foi interpretado pelo Ministro como uma atitude maluca e o major Quaresma foi tirado de suas funções e foi internado como louco em um hospício.
           Anos depois quando saiu do hospício, Policarpo Quaresma vendeu sua casa e comprou por sugestão da afilhada Olga, um sítio, ao qual ele pois o nome de “Sossego”. Adelaide e o preto Anastácio, mudam-se para o campo junto com Quaresma. Ele passa a apostar na agricultura como saída para a solução dos problemas brasileiros. Ele comprou vários instrumentos e livros sobre agricultura e logo ele já sabia manusear instrumentos como a enxada. Ele ficou orgulhoso da terra brasileira que de tão boa, dispensava adubos.
          Meses depois ele recebe em sua casa do campo a visita de Ricardo Coração dos Outros e da sua afilhada Olga, que não veem muito progresso no campo, feito por Policarpo. Eles notaram muita pobreza e desânimo daquela gente simples do campo.
          Mas ao dedicar-se à lavoura descobriu que as dificuldades de produtor rural são grandes e ruins. Ele foi derrotado por três inimigos terríveis. Primeiro, a corrupção dos políticos. Como Policarpo não quis compactuar com a fraude da política local, passou a ser multado injustamente. O segundo, foi a deficiente estrutura agrária brasileira que lhe impediu de vender uma boa safra e tomou um grande prejuízo. O terceiro, foi à praga de saúvas, que ferozmente devoravam sua lavoura e reservas de milho e feijão. Ele desistiu de sua terra. Para ele, era necessária uma nova administração.
          Quaresma incorporou-se voluntariamente às tropas do Marechal Floriano Peixoto (Revolta da Armada) alistando-se na frente de combate em defesa do Marechal Floriano, tornou-se comandante de um destacamento onde estudava artilharia, balística e mecânica.
          Durante uma visita de Floriano Peixoto ao quartel, Policarpo ficou sabendo por Ricardo corações dos outros que, o Floriano Peixoto havia lido seu "projeto agrícola" para a nação. Floriano simplesmente falou sem piedade para Quaresma: "Você Quaresma é um visionário".
          Após quatro meses de revolta, a Armada ainda resistia bravamente. Diante da indiferença de Floriano para com seu "projeto", Quaresma pensou se valia a pena deixar o sossego de casa e se arriscar, ou até morrer nas trincheiras por esse homem quem nem fazia por merecer. Mas continuou lutando e acabou sendo ferido em uma batalha. Enquanto isso, sozinha, a irmã Adelaide pouco podia fazer pelo sítio o “Sossego”, que já demonstrava sinais de completo abandono. Em uma carta à Dona Adelaide, Policarpo descreveu-lhe as batalhas e fala de seu ferimento. Contudo, Quaresma com o tempo recuperou-se e continuou o trabalho de comandante.

          Em uma madrugada a “prisão dos marinheiros” é visitada por um emissário do governo que escolhe doze prisioneiros que são levados pela escolta para fuzilamento. Policarpo fica sabendo da situação e escreve a Floriano, reclamando do fuzilamento das pessoas inocentes. Por esse acontecido Quaresma injustamente acaba sendo preso como “traidor” e conduzido à Ilha das Cobras. Apesar de tanto empenho e fidelidade, Quaresma é injustamente condenado à morte. Preocupado com sua situação, seu amigo Ricardo que estava na guerra como soldado, ficou sabendo do ocorrido e buscou ajuda com amigos do próprio Quaresma, que nada fizeram, pois tinham medo de perderem seus empregos. Olga tenta ajudá-lo, mas nada pôde fazer. Assim foi “o triste fim de Policarpo Quaresma”.

Amizades falsas e Críticos de plantão

Dayana Melo Mar/2011

Na vida os atos viram consequências. Com pequenas atitudes, mas necessárias, podemos fazer boas ações. Com um simples “bom dia”, um belo sorriso na cara, uma boa palavra de animação, ou apenas um simples olhar sincero de companheirismo, podemos mudar o dia das pessoas ao nosso redor. Independentemente da posição social que essa pessoa ocupa a energia renovada de harmonia influencia inclusive nós. Isto não custa dinheiro, não humilha, não diminui, nem desgasta, e sim estabelece melhor convívio entre as pessoas.
Entretanto nem sempre isto acontece. As pessoas hoje estão sendo influenciadas pelo “ter” e acabam degenerando o “ser”. A sociedade e o ritmo acelerado de vida estão findando a amizade verdadeira, o amor e a fraternidade que há nos seres humanos.
Cada vez mais, pessoas estão sendo amigas uma das outras só para benefício próprio. Com isso, o querer de “se dar bem”, está cada vez mais na mente dessas pessoas. Algumas são hipócritas, nojentas, interesseiras. Por isso temos sempre que agir com coerência.
Um mal que também anda lado a lado com as amizades falsas são os críticos de “plantão”. Todos criticam, mas ninguém quer ser criticado. É difícil cada um cuidar somente da vida que tem, porque desse modo não teremos ninguém para utilizarmos como exemplo e mostrar o quanto somos corretos.
E se você parar para pensar, a maioria utiliza como exemplo as pessoas que são "maus exemplos", porque assim fica mais fácil ainda parecer que está tudo bem com a família delas.
Essas pessoas não se julgam exatamente como corretas, apenas julgam todas as outras como menos corretas. No fundo todo mundo sabe o que está errado e o que tem que mudar, mas é muito mais fácil apontar para o vizinho e falar que a vida dele está bem pior. É um modo de "fugirmos" da nossa própria realidade.
            Se cada um cuidasse de sua própria vida, tivesse amor com si mesmo e com os outros, e lutasse com suas próprias “garras” e “dentes” para vencer na vida, ela não precisaria se “apoiar” nos outros e muito menos ficar criticando as atitudes alheias.



Estereótipo

Dayana Melo Mar/2011

Estereótipo é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. O estereótipo está relacionado ao preconceito. Deixando classe social, forma física, subgrupos e regionalidade de lado, é possível criar dois grandes grupos: os estereotipados e os “outros“.
Há quem defenda que os estereotipados – no caso representados pelos gays afeminados e pelas lésbicas masculinizadas – só ressaltam os aspectos negativos e sempre estão em evidencia por serem muito extravagantes. Além disso, alguns dos “outros” – considerados normais em suas posturas – não querem ser identificados ou associados a tais estereótipos.
Há também a questão cultural brasileira que, como em qualquer outro país machista, exige que os homens ajam como machos e as mulheres representem o papel frágil e delicado; e na ausência ou na inversão desses padrões, aparece a discriminação. Um verdadeiro absurdo.
Estereótipos também é a fonte de inspiração de muitas piadas, algumas de conteúdo racista, como as piadas de judeu, que é retratado como avaro, negro, retratado como malandro, português como pouco inteligente, etc.
Toda a forma de preconceito é perigosa e impede o desenvolvimento saudável da sociedade. As pessoas são diferentes entre si, mas iguais em sua condição humana. Comportamento padronizado reflete talvez, falta de cultura, educação e autoestima.

Cada pessoa tem sua escolha de religião, namorado (a), orientação sexual; e ninguém tem o direito de interferir na opção alheia. Cuidar de sua própria vida e deixar que os outros cuidem da deles, é o melhor a ser feito. Opinar é algo normal, mas discriminar é o que não se deve fazer diante dos “princípios humanos”.

A escravidão da beleza


Dayana Melo
Mar/2011

A exposição da beleza física na mídia tem levado a criação de conflitos em busca do tão sonhado “corpo perfeito”, entre mulheres e homens, principalmente os jovens. Em razão disso, as pessoas acabam perdendo um precioso tempo na vida e ficam totalmente infelizes.
Por mais que travem lutas contra a balança, queimando calorias nas academias, deixando pedaços de gordura nas clínicas de cirurgia plástica, tomando anabolizante ou pondo próteses de silicone no corpo, continuarão eternamente essa batalha do “corpo perfeito”.
O corpo perfeito não existe e nunca irá existir. É algo que as pessoas imaginam e nunca alcançarão. Por exemplo, quando um homem está “saradão”, uns acham lindo e outros ridículo, porque cada um tem sua própria opinião e gosto. Ninguém é obrigado a gostar de algo que não é agradável a seus olhos.
Nossas virtudes e ações são coisas que se nós devemos impor em nossa vida, e são muito mais importantes do que um nariz arrebitado ou uma roupa de grife. É preciso lembrar que valemos muito mais pelas coisas que fazemos, pela nossa ação cidadã, do que pela nossa aparência, ou pelas grifes que poderíamos possuir e que nos roubam a personalidade, substituindo-a por uma etiqueta.
Tem um livro de Thommas Mann em que existe um homem lindo, super em forma, mas muito burro e um outro homem super inteligente, mas com aquele corpo sem graça e feio. Nesse livro em um determinado momento há uma tentativa de colocar a cabeça do inteligente no corpo do bonito e isso de fato acontece, mas o resultado não foi nada agradável. Com o tempo, o corpo lindo e sarado não se habituou e acabou virando corpinho feio, gordo e sem graça. E o corpo sem graça vai virando corpão. Ou seja: toda tentativa de alterar o corpo indica uma desadaptação da pessoa ao seu corpo e isso existe em todo mundo, mas, claro, em graus diferentes. Submeter o próprio corpo a extremos evidencia uma grande desigualdade entre a autoimagem e o corpo que existe de fato.

Na vida real, corpo perfeito é aquele que tem cabeça, tronco e membros, e que funciona ao nosso comando. Sendo assim, as pessoas devem se aceitar como elas são e, com isso, tirar aproveito do que mais as diferencia dos demais, inventando o seu próprio modelo de beleza e bem-estar.